O que faz uma Arte Marcial eficaz ou ineficaz?
Muitas pessoas pensam que são as técnicas que separam a maioria dos sistemas. O que é verdade...em parte! Coreografias com ginástica acrobática, técnicas de luta e defesa pessoal e técnicas de defesa baseando-se na utilização da energia interna são bastante diferentes. Mas um soco/pontapé frontal ou circular, técnicas para estrangular, imobilizar, etc, são as mesmas ou muito parecidas em qualquer parte do mundo. Então onde está a diferença entre eficiência e ineficiência? Na metodologia de treino. Mais especificamente o que chamamos de treino "vivo", usando as técnicas contra parceiros que resistem totalmente a tudo o que fazemos e que nos tentam derrubar e finalizar se nos descuidamos por um momento.
Essa é uma característica de outros sistemas como o Judo, Jiu Jitsu, Muay Thai, Boxe, etc, e que os tornam eficazes.
A diferença entre um Low Kick e um Cross e um Mawashi Geri Gedan e um Gyaku Tsuki apenas está no método de treino, os movimentos são os mesmos.
Aprender uma técnica de forma controlada é essencial, sim, nos estágios iniciais. Mas uma vez compreendida a biomecânica desse movimento, o sparring, randori, treino "ao vivo", chamem-lhe o que quiserem, é absolutamente essencial.
Treino sem resistência não é uma maneira eficaz de aprender corretamente como usar uma técnica numa situação de autodefesa. Porque uma luta fora do ginásio não é controlada ou coreografada. É intensa, assustadora, exaustiva e caótica!
O treino com resistência mesmo assim pode não imitar com exatidão uma luta de rua, mas vai expô-lo às alterações físicas e mentais que acarretam uma luta real: suor frio, batimentos cardíacos acelerados, dificuldade em respirar, pânico, insegurança, medo, …. e isso vai dar-lhe, gradualmente, mecanismos para lidar com esses estados mentais e com a imprevisibilidade de uma luta.
Pense desta forma, qualquer um pode dar um soco num saco, mas a partir do momento em que dá esse mesmo soco numa pessoa que lhe vai responder da mesma maneira, tudo muda.
Não importa qual a Arte Marcial a praticar, na sua base, a maioria dos sistemas usam as mesmas técnicas, mas nunca se esqueça de treinar com realismo e com resistência. Isso vai fazer a diferença quando tiver de utilizar o que treina numa situação real.
Nuno Santos Shihan
Kuroryūkan Dōjō | MCIP - Police & Military Combat System
Essa é uma característica de outros sistemas como o Judo, Jiu Jitsu, Muay Thai, Boxe, etc, e que os tornam eficazes.
A diferença entre um Low Kick e um Cross e um Mawashi Geri Gedan e um Gyaku Tsuki apenas está no método de treino, os movimentos são os mesmos.
Aprender uma técnica de forma controlada é essencial, sim, nos estágios iniciais. Mas uma vez compreendida a biomecânica desse movimento, o sparring, randori, treino "ao vivo", chamem-lhe o que quiserem, é absolutamente essencial.
Treino sem resistência não é uma maneira eficaz de aprender corretamente como usar uma técnica numa situação de autodefesa. Porque uma luta fora do ginásio não é controlada ou coreografada. É intensa, assustadora, exaustiva e caótica!
O treino com resistência mesmo assim pode não imitar com exatidão uma luta de rua, mas vai expô-lo às alterações físicas e mentais que acarretam uma luta real: suor frio, batimentos cardíacos acelerados, dificuldade em respirar, pânico, insegurança, medo, …. e isso vai dar-lhe, gradualmente, mecanismos para lidar com esses estados mentais e com a imprevisibilidade de uma luta.
Pense desta forma, qualquer um pode dar um soco num saco, mas a partir do momento em que dá esse mesmo soco numa pessoa que lhe vai responder da mesma maneira, tudo muda.
Não importa qual a Arte Marcial a praticar, na sua base, a maioria dos sistemas usam as mesmas técnicas, mas nunca se esqueça de treinar com realismo e com resistência. Isso vai fazer a diferença quando tiver de utilizar o que treina numa situação real.
Nuno Santos Shihan
Kuroryūkan Dōjō | MCIP - Police & Military Combat System
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